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O USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO




         Quadro-negro, giz, apagador – o que esses objetos tem em comum? Foram por muitos anos ferramentas importantes dentro do espaço educativo no processo de ensino-aprendizagem.

          Hoje, porém, atendendo as mudanças da nova clientela que temos em nossas salas de aula é preciso buscar novas ferramentas a fim de dinamizar nosso fazer pedagógico.

         O computador e o uso da internet por meio deste é sem sombra de dúvidas uma ferramenta importantíssima para que isso ocorra. Não há limites para o que possamos buscar em um simples clique no mouse do computador.

         Informações importantes e curiosidades diversas a cerca de conteúdos de História, Geografia, Língua Portuguesa, Matemática e tantas outras disciplinas contidas na internet despertam no alunado o prazer da pesquisa e da descoberta. Despertam o prazer de partilhar essas descobertas com os colegas e professores.

        Para estimular essa busca autônoma do conhecimento por parte do seu alunado é preciso que o professor abandone a postura de detentor do saber e mostre a este que também aprende com ele. Içami Tiba em seu livro Ensinar Aprendendo destaca que ao assumir a postura de aprendiz o professor tende a ganhar o respeito e consideração de seu aluno.

       O grande ganho disso é a participação ativa dos alunos em seu processo educativo, é ajudá-los a conhecer seus limites e transpô-los. É ajudá-los a filtrar o que lêem tornado-os sujeitos críticos que transformam os informações obtidas em conhecimento próprio.

17:05

O RETRATO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


        
           Sou da época em que ao tirar uma foto e revelá-la você recebia junto com a revelação o negativo da foto. Que na fala do leigo nada mais é do que a foto de maneira distorcida.

          A educação brasileira tem sido mostrada sob uma óptica negativa (entenda-se negativa nesse contexto em alusão ao que foi considerado no parágrafo anterior). A foto está lá como deveria ser, no entanto, se não revelá-la as distorções não permitem que ninguém seja identificado nela.

           Para falar da educação brasileira é preciso remeter a nossa mente a imagem daqueles que são seus principais representantes, a saber, professores e alunos que vivem um eterno combate de ideais e pensamentos.

          Professores reclamam do desinteresse de seu alunado, da desvalorização profissional e da falta de assistência em sua formação continuada. Os alunos por sua vez insistem em dizer que não são compreendidos por seus professores e que o autoritarismo de muitos desses é um grande empecilho para manterem boas relações.

          Quem é o vilão ou o mocinho nessa história? Ora! Não há vilões nem mocinhos. Há sim, sujeitos pertencentes a “tempos geracionais” diferentes - já diria Miguel Arroyo em seu texto A infância interroga a pedagogia. Sujeitos que precisam estender um ao outro um olhar e uma escuta diferenciada para que os nós que atam a educação em nosso país sejam desatados. E, quando se fala em ‘nós”, quero tão somente me referir as relações estabelecidas dentro do ambiente escolar cujo bom andamento ajuda a vencer as maiores barreiras que uma escola possa enfrentar, seja relacionada a sua estrutura física e aos parcos recursos advindos do governo (como é o caso de muitas escolas públicas) seja pela comercialização que virou a educação nas redes privadas de ensino.

          Embora a sociedade insista em ver a foto de nossa educação através de seu negativo (incluindo os próprios professores e alunos) é preciso entrar no quartinho escuro cercado de lâmpadas vermelhas para perceber que a foto não é e nem está distorcida. É preciso ver que os problemas embora sejam muitos não estão além de solução e que somente de “mãos dadas” como diria Drummond seremos capazes de expor as cores e a beleza dos que estão nesse retrato.