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Dia da Consciência Negra (Parte 2)



Cinderela e Chapeuzinho vermelho em versão "black"
 Uma das propostas quanto a trabalhar o dia da Consciência Negra era apresentar as crianças clássicos infantis literários onde as personagens principais são negras ou afrobrasileiras (como preferir). Seria ótimo fazê-lo se não fosse por um único detalhe: em ambas as histórias, todas, eu disse todas as personagens também são negras. Isso é, do meu ponto de vista, altamente preconceituoso além de ser totalmente irreal. Vivemos num mundo onde negros, brancos e amarelos ocupam o mesmo espaço. As crianças também percebem isso e ao apresentar a estas um livro onde as ilustrações apresentam personagens somente brancos ou somente negros é despertar inscoscientemente a questão da separação racial. Basta dessa visão míope a cerca da figura do negro. Sua contribuição para a formação de nossa cultura é muito mais rica que supõem nossa vã filosofia.      

17:39

Dia da Consciência Negra

Vamos falar sério? O que é isso que acontece com o trabalho realizado em nossas escolas?
Entro na escola em que trabalho e vejo exposto um cartaz, voltado para o dia da consciência negra,onde está escrito a seguinte frase: O NEGRO PRECISA SER RESPEITADO. Eu acrescentaria: o branco e o amarelo também, ora bolas! Trabalhar uma data tão importante nessa perspectiva onde o negro é visto sempre como um pobre coitado é continuar a perpetuar o preconceito racial. Há de se mostrar igualdade entre todos indepedentes da cor de sua pele. Valorizar a cultura afrobrasileira é ir a fundo em suas raízes, inclusive na questão religiosa, parte desconsiderada pela maioria dos professores que cercados pelos seus próprios preconceitos preferem tão somente ensinar que "o negro precisa ser respeitado".